O diretor de criação Alex Passos. Foto: Reprodução/YouTube.
O diretor de criação Alex Passos, conhecido por seu trabalho inovador no mercado audiovisual gospel no Brasil, fez uma revelação surpreendente durante uma participação no podcast comandado pela Pastora Renata Vieira. Durante o bate-papo, Alex admitiu que já pensou em desistir de trabalhar no segmento gospel, expressando sua frustração com o que ele descreve como "amadorismo", "religiosidade excessiva" e "mentalidade mesquinha" dentro do meio.
Quando questionado por Renata Vieira se ele já havia pensado em deixar o audiovisual, Alex foi direto: "Eu já pensei em desistir de fazer no mercado gospel. Muitas vezes. Por causa do amadorismo, por causa da religiosidade, da babaquice, gente chata. Crente é enjoado". Para Alex, a resistência à inovação e a mentalidade de que "para Deus tem que ser básico" são barreiras que dificultam o avanço da produção gospel.
O diretor ressaltou que, em muitas ocasiões, sente-se agredido ao ver grandes eventos seculares sendo realizados com qualidade e inovação, enquanto o mercado gospel muitas vezes se contenta com o básico. "Eu acho que a produção para Deus tem que ser melhor que todo mundo, temos que provocar e lutar contra essa maré que diz que não precisa de tudo isso", afirmou Alex, destacando que a excelência deveria ser um padrão no mercado gospel, e não a exceção.
Outro ponto que Alex abordou foi a questão da pobreza de alma. Ele criticou a mentalidade de que eventos gospel não deveriam cobrar pela entrada, contrastando com a realidade dos eventos seculares, onde o público paga sem questionar por experiências de qualidade, como em parques temáticos e cinemas.
"O cara vai adorar a desgraça do demônio e paga, mas para Deus não quer pagar, quer que seja de graça", desabafou o diretor, enfatizando que a produção de eventos de qualidade exige recursos, e que artistas e profissionais também têm famílias para sustentar.
Apesar das dificuldades e das vezes em que pensou em desistir, Alex concluiu que está determinado a continuar seu trabalho no mercado gospel, destacando que "só a morte" o fará parar. Ele acredita que o segmento precisa evoluir e que essa mudança começa com a mentalidade de seus próprios consumidores e produtores. "Ainda bem que eu não parei", disse Alex, reafirmando seu compromisso com a inovação e a excelência na produção audiovisual gospel.